sexta-feira, 2 de julho de 2010

Virei a Página, Era Suicídio...

Nos dias de hoje, não raro encontrarmos pessoas com um sentimento de tristeza imensa, tendo em vista a situação de desemprego e miséria. Encontramos gestores com frases incríveis onde cita que é o responsável por "dar moral à tropa". Em outros tempos essa tropa não era nada agradável e mais adiante na década de noventa, todos que viveram aquela época lembram-se das chamadas tropas de choque do Congresso. Numa economia nada estável, num país de demissões de massa nos mais diversos ramos de atividade na sociedade, num país onde o salário mínimo é motivo de piada e até vergonha, perguntamos para "tropa": Onde está a moral? Moral essa que de certa forma encontra-se em vários sentidos, nesse caso é o ânimo, a vontade de algo. Num sentido mais pontual, por que não dizer da vergonha? Encontramos valores que hoje em dia são meros sinônimos de vaidade, não condizem com a aplicação prática. Enfim, me sinto hoje um tanto como essa tropa que se fala de "motivada". Procuro não pensar muito, pois, acabo entrando nessa chamada “depre”, que, aliás, vem a ser o motivo real desse texto. Estava lendo Sidney Sheldon, em mais um dos seu livros maravilhosos, só que dessa vez suas memórias e encontrei uma mensagem extraordinária. Sidney quando jovem de dezessete anos em um dos seus momentos “depre”, após chegar do seu trabalho de balconista de farmácia, trancou-se no seu quarto e decidido a acabar com seu sofrimento que variava do profissional ao doméstico da sua solidão entre família e amigos do trabalho, tomando soníferos com uísque. Aproveitara aquele momento que seus pais haviam saído para resolver seus "problemas". Quando já pronto, com as drogas que havia tirado da farmácia que trabalhava e uma garrafa de bourbon que seu pai sempre guardava na estante da sala, após dado o primeiro gole naquela bebida ocre, seu pai abre a porta repentinamente e espantado fala: Não sabia que você bebia. Sidney sem entender o que o pai estava fazendo naquele momento em casa, pergunta ao mesmo que responde que veio pegar algo que havia esquecido. O seu pai nota os comprimidos espalhados pelo susto sobre sua cama e novamente pergunta: Você bebe? E esses comprimidos? Assustado, Sidney responde automaticamente: "Vou me matar"! E o seu pai olhando pra ele diz: Tudo bem, a vida é sua faça o que quiser, porém, antes, vamos dar uma caminhada. Sidney percebeu que seu pai algo iria fazer para demovê-lo daquela idéia de suicídio, porém, não deixou de obedecê-lo e o acompanhou. seu pai caminhando com aquele que se vê como maníaco-depressivo, dizia que parar a vida é como deixar de descobrir o que vem mais adiante, ou seja, é como parar de ler um livro, virar a página daquele livro, a surpresa da vida vem mais adiante, virando a página e que nós vamos saber o que o futuro nos revela. É estranho falar-se de otimismo numa época de depressão coletiva. Isso, já tava esquecendo, aquele período era o inicio da década de trinta, ou seja, a grande quebra da bolsa de Nova Iorque, onde grandes empresas, fábricas, bancos fecharam suas portas, deixando milhares de desempregados e sem ter o que comer. Sidney com o ar de curioso naquele momento resolveu interromper suicídio, pelo menos a princípio por um tempo e continuar lendo o livro de sua vida, acreditando sempre numa virada de página, hoje ainda o temos aos oitenta e oito anos como um dos maiores escritores do mundo, com mais de trezentos milhos de livros vendidos em mais de cinqüenta idiomas e em mais de cento e oitenta países, tudo isso graças a UMA VIRADA DE PÁGINA.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Boiler Room! O quê? Boiler Room! Boiler Room! É o mesmo que Telemarketing sua Besta

Estava assistindo TV, tranquilo na minha sala, reclinado na minha cadeira quando toca o telefone... triiiiiiiii, triiiiiiiiiii..... É um saco você está distraído e de repente ouvir aquela chata campanhia tocar e a expectativa de ser alguém chato pra variar... E era! São oito e trinta da manhã de um sábado e liga uma moça com uma voz suave, chegando ao sensual diz: Bom dia senhor aqui é da empresa tal e estamos oferecendo como promoção o produto... e ai vai blá, blá, blá... O pior é que a forma de abordagem é tão educada, treinada, que você fica muitas vezes constrangido em dar o famoso corte. Enquanto a moça ia falando eu fiquei me lembrando de como isso funcionava, ou melhor, como isso surgiu há décadas passadas, iniciando claro, pela América do Norte. Chamava-se Boiler Room, isso mesmo, este nome hoje conhecido no nosso meio como Telemarketing. Lembrei-me de ter assistido filmes que mostrava salas repletas de pessoas falando ao mesmo tempo em telefone oferecendo produtos e dando o maior “ganho”, ou seja, enrolando as pessoas do outro lado da linha. Bom dia senhor, o senhor acaba de ganhar uma passagem para Fernando de Noronha. Para apanhar sua passagem basta o senhor dirigir-se a nossa agência de viagens e comprar o bilhete... Alô aqui é do curso de informática...(Essa aconteceu comigo), o senhor acabou de ganhar uma bolsa, para concretizar a promoção basta o senhor comprar nosso kit de estudo e pagar uma pequena taxa...-Depois fui saber o preço de um curso idêntico e ele era trinta por cento mais barato do que a bolsa. Isso existe? Claro que sim, pois, como falei, aconteceu comigo. E por ai vai... São ofertas mirabolantes, produtos inferiores, mais caros do que o do mercado, oferecidos como os melhores. Interessante dizer que quem mais comprava, eram pessoas bem instruídas, não sei como se deixavam enganar, mais, são as mais fáceis de empurrar qualquer porcaria. Achei engraçado certa vez o fato de um cidadão, que veio até minha pessoa quando estava advogando ainda em outra cidade, solicitando meus serviços para reaver uma quantia que o mesmo pagou na compra de um terreno. Perguntei ao cidadão: Como o senhor efectuou a compra? A uma pessoa de uma imobiliária, respondeu ele sem cerimônias. Ok! E a documentação? Ela ficou de me passar por fax. Passou? Sim. O senhor investigou tudo direitinho? Sim. Foi a cartório? É ai doutor onde ta o problema. Como assim? Perguntei. É que a moça me vendeu por telefone e quando ela me passou todos os dados fui até o terreno e descobrir que ele estava debaixo de um mangue, próximo a uma praia. Fiquei espantado como aquele homem me contou a história e tamanha a sua inocência. Apenas para ter certeza do que eu estava pensando, perguntei se o mesmo sabia pelo menos onde era a imobiliária e ele disse que não, pois, a moça quando passou o fax não deixou nada de endereço, não tornou a ligar, e o pior, é que depositei a quantia na Caixa Econômica, que é um banco sério do governo e quando fui saber do nome da pessoa e da conta, junto ao gerente meu amigo, ele disse que a conta havia sido encerrada há três dias. O danado, depois de ouvir toda a história daquele homem, foi informar ao mesmo que casos daquele tipo teriam de se prestar queixa numa delegacia especializada e pedir a Deus que se encontrem os estelionatários e que consiga assim seu dinheiro de volta, pois, o mesmo foi vítima do conto do vigário. Ele, o meu quase cliente, comerciante do ramo de madeiras, bronco era pouco, tinha uma situação relativamente boa, mão de vaca, levantou-se, olhou pra mim sério e disse: Se o senhor doutor não quer resolver meu caso, diga, agora, soltar piada pra mim dizendo que a culpa é do Padre da nossa paróquia é que não aceito. Saiu batendo a porta bufando. Encontrei-o dias depois, veio me pedir desculpas, pois, não sabia o que era conto do vigário e quando foi falar com o Pároco, o mesmo explicou a ele. E não é que o filho de uma mãe foi falar com o Padre mesmo?

Senhor? Senhor? Alô? Aaaaalôooooo... Opa! Era a moça ao telefone falando comigo. Desculpe, disse-lhe, pois não? Ela pergunta: O senhor tem interesse? Não amiga, fico grato. Desliguei o telefone. Agora volto a assistir a meu programa... interesse em que mesmo?

segunda-feira, 28 de junho de 2010

"MENINO MANGA COM LEITE FAZ MAL..."

Infringir a tradição também é uma tradição.

Alexandre Blok


Diversas vezes na minha infância escutei meu pai dizer que manga com leite faz mal. Que mal? A quem??? Era essa a minha duvida, uma vez que não conseguia entender qual mal poderia fazer tal gostosura. E... derretia-me às escondidas, não somente com manga misturada ao leite, porém, também, com banana, abacate, dentre outras frutas e às vezes com uma mistura não muito comum como inhame ou macaxeira. Que beleza...(que loucura!!!).

Hoje, me deparo com certas receitas que se meu pai estive ainda encarnado, diria que era veneno puro. Quer exemplo? Então lá vamos: No café ou lanche misturar ao pão azeite com sal e algumas ervas (lícitas faz favor), cerveja com água tônica ou soda limonada e se tiver uma sopinha (qualquer uma) cai bem, detalhe: Tomar a sopa junto com a bebida e com pão faz favor. Para completar, pasmem, não se almoça misturando verduras no mesmo prato, ou seja, após comer o famoso macarrão... ou arroz, ou seja, lá o que for, é que se pode comer a carne, peixe etc, e, logo após, as verduras. Isso existe? Pergunto com meu simples “nordestinês”, ou ainda, parafraseando o popular personagem nordestino seu Lunga: “Num vai tudo prum mermo lugar pru quê num pode misturá?”

Acho engraçadas, tais lendas populares e interessantes as diversificações da cultura do nosso mundo, porém, o que realmente faz mal e mata mesmo é a fome, o desemprego, os escândalos, a corrupção que rodeia toda a nossa sociedade, e, além do mais, um mal que a cada dia parece não mais querer parar de crescer e que nos passa todo dia do lado, na nossa casa e até mesmo dentro da gente sem que nós nem percebamos e que um escorrego aqui ou ali praticamos um assassinato no âmago de um amigo, irmão, empregado, chefe, esposa, vizinho, usando uma arma que não tira sangue aos nossos olhos, mas, fere como uma espada côncava, cravada bem no coração, na alma, na honra, este mal se chama PRECONCEITO. Uma opinião diversa a verdade, que só faz maltratar não somente a honra do homem, mais a sua família, a sua existência como filho do Grande Arquiteto do Universo, agredindo também a Ele, que não teve distinções ao nos criar.

Não tenho aqui a menor intenção de discutir religião para justificar minha opinião, mas, falar de valores que estão sendo hoje, em pleno século XXI, voltando a idos antigos, período da escravidão ou inicio do século passado, que foram sendo esquecidos em décadas de 50, 60 70 e que parecem terem retroagido ao chegar os anos de 1980, mais ou menos vindo a aumentar a cada dia, com o surgimento de grupos neonazistas, skinhard, conhecidos de rua, novelas, política, etc. Dentre outros que transportam seu preconceito para com nossos irmãos não somente de cor, ou de raça, como os índios, mas, também, os homossexuais de ambos os sexos. Será que nas veias dos mesmos não corre um sangue vermelho como de todos? Será que os sentimentos são diferentes? Devemos, com certeza, olharmos um pouco, só um pouco dentro da gente para sabermos se somos merecedores de nós mesmos. Existimos não porque nós queremos, mais porque Alguém muito, muito Grande quer. Nascemos nus e nada nos pertence e ao desencarnarmos, seremos pó, ou seja, o que realmente restará de nós será apenas a lembrança. E por quanto tempo? Acreditem amigos, não devemos pré julgar valores, aquilatar pessoas, por vestes, títulos, ou seja, lá o que for, devemos agradecer ao próximo por nos entender, e, entender o próximo sem que seja preciso que ele nos agradeça, quem sabe assim possamos passar a entender que todos somos irmãos, pois, temos de tudo e nunca formos cobrados pelo Pai por não agradecermos a Ele...

Enquanto isso vamos fazer uma coisa, vamos sentar todos JUNTOS e saborear uma manga com leite...

domingo, 20 de junho de 2010

Primeiro Ponto...

Primeiro ponto a tratar aqui se faz necessário uma reflexão... “O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte.” Mahatma Gandhi



Palavra forte essa não? O perdão. Perdoar, uma forte e bela maneira de se recomeçar a pensar em mudar a vida. Perdoar a si mesmo, aos seus instintos de fazer algo que não pensara, apenas fizera. Perdoar a inocência de não saber o que fazer nas horas mais angustiantes de decisão. Difícil entender o perdão. Perdoar o próximo...eita, esse é mais difícil ainda quando não conseguimos nos perdoar por nos deixar enganar. Que tal pensarmos em... fiz a minha parte. Fiz o melhor que pude. Isso sim é esquecer e perdoar, bem, pensando de modo bem simplista.


Falar de perdão é tão difícil quanto perdoar. Falar de perdão é tão bonito quanto ser perdoado de verdade e com o coração limpo, saber que o perdão foi sincero e agradecermos. Vamos fazer o primeiro ponto aqui. Vamos falar de perdão. Portanto, peço perdão por escrever sem ser escritor, sem saber escrever, peço perdão por pedir a você que está lendo, fazer a honra de me falar sobre o perdão. Me faz essa gentileza. Me escreve sobre o perdão e vamos compartilhar a alegria de perdoar.